Não confunda luvas cirúrgicas com luva para sala limpa; as luvas utilizadas em ambientes médicos são estéreis, e previnem infecções cruzadas e garantem a integridade da cirurgia. Esta condição demonstra certamente que as luvas cirúrgicas são extremamente limpas.
Infelizmente esta afirmação é considerada um equívoco, porém ela é parcialmente verdadeira. O maior propósito da esterilização das luvas cirúrgicas é a prevenção de infecção por possíveis bactérias que poderiam estar presente nas luvas, e ao contrário do que muitos pensam, as caixas onde as luvas são colocadas e transportadas não são esterilizadas. As caixas são utilizadas apenas para acomodação, transporte e prevenção de agentes externos.
A resposta para esta pergunta pode auxiliar na escolha destes consumíveis para sala limpa. Os fornecedores de luvas industriais geralmente recebem pedidos de luvas cirúrgicas para ambientes/aplicações em sala limpa. Aparentemente esta solicitação pode parecer ideal, entretanto a introdução de luvas cirúrgicas em ambientes controlados (sala limpa) pode causar sérias repercussões.
Uma rápida conversa com o usuário e/ou comprador do produto geralmente é suficiente para ajudar a indicar o produto ideal, mas por que isso ocorre com tanta frequência?
No geral, Indústrias farmacêuticas também solicitam luvas estéreis, mas além da esterilidade, o nível de particulados deve ser controlado em conjunto, especialmente no caso de fabricantes de injetáveis.
Para entender melhor o conceito relacionado ao controle de partículas basta uma rápida comparação entre a embalagem geralmente utilizada para acomodar as luvas cirúrgicas. As embalagens de luvas cirúrgicas em sua maioria contêm papel ou material derivado de celulose enquanto as embalagens de luvas para sala limpa são feitas com materiais que não liberam partículas, como polietileno e de fácil abertura. Aliás, em locais de sala limpa o uso de materiais derivados de celulose é extremamente restrito, pois a celulose é um dos principais agentes disseminadores de partículas.
As luvas para sala limpa são fabricadas em sala limpa e o material da embalagem é essencial para manter o controle de partículas seguro. Outro ponto importante é que as luvas para sala limpa nem sempre precisam ser estéreis, mas o controle de partículas neste caso não deixa de ser primordial.
As luvas para sala limpa também devem ser isentas de qualquer tipo de talco “powderfree”, sendo assim as melhores luvas passam por um processo de lavagem clorada, e posteriormente lavagem com água ultra pura para a remoção total de partículas e qualquer outro tipo de resíduo.
Agora que sabemos a principal diferença entre luvas cirúrgicas e luvas para sala limpa, bem como também sabemos que luvas cirúrgicas não devem ser usadas em sala limpa, a próxima pergunta deverá ser “qual luva utilizar nos diversos ambientes controlados?”.
Para esta definição é necessário que o usuário tenha em mente em qual processo produtivo a luva será utilizada (indústria farmacêutica de injetáveis, indústria eletrônica, etc.), o tipo de borracha mais ideal para o processo (nitrílica, látex, neoprene, vinil, etc.), qual o trabalho será feito (material químico, pequenos objetos, etc.) e o valor do investimento que pretende desprender.
Sendo assim, agora que as definições de luvas para sala limpa e luvas cirúrgicas foram esclarecidas, não deixe de procurar pelo produto que melhor atende suas necessidades e o fabricante com melhor atendimento e qualidade. Procure BIOCLEAN.
Fonte: Conteúdo traduzido e adaptado do texto de Derek Watts para a BioClean: CleanAir-Containment Review-July 2010