O padrão de referência na indústria química depende também da busca pela qualidade na compra e venda de padrão de referência, que pode gerar diversos questionamentos nas indústrias e laboratórios de análises, tenha sempre em mãos a certeza do que realmente precisa.
Muitos analistas diferem sobre seu conceito a respeito de padrão de referência, bem como também muitas vezes não conseguem chegar a um consenso comum do que realmente é um padrão de referência. Uma das primeiras questões que devemos avaliar é a própria interpretação da palavra “padrão”, o que é um padrão? O conceito de padrão é bastante relativo, ou seja, o padrão pode ser um gabarito, uma medida, um equipamento, etc. Entretanto o que temos de saber sobre padrões é que cada um deles possuem suas incertezas e suas próprias variações mediante condições de temperatura, pressão, armazenamento, etc.
De acordo com definições técnicas podemos definir o padrão como:
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade de um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência..
Da mesma maneira, podemos encontrar uma definição para padrão de referência:
Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica disponível em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá executadas são derivadas.
A expressão “mais alta qualidade“ nos permite concluir que o padrão de referência é aquele no qual a interferência de outros fatores que poderiam reduzir a confiança do padrão são minimizados, garantindo assim a segurança do usuário em sua utilização.
Baseando-se nas definições citadas podemos concluir que nem sempre os padrões do Inmetro (Brasil), NIST (EUA) e PTB (Alemanha) são os padrões mais confiáveis, apenas podemos dizer que os padrões fornecidos por estes órgãos são padrões nos quais a rastreabilidade externa não é possível por falta de padrões de melhor qualidade, em outras palavras não existem outros produtos de maior confiança do que eles. Mas então, como chegar nesta condição?
O padrão de referência na indústria química para que seja considerado de referência ele precisa possuir algumas características como:
- Possuir alto grão de pureza (geralmente acima de 99,6%);
- As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação, conservação e estável;
- Erros e desvios compensados com cálculos;
- Rigoroso e preciso processo analítico validado, documentado e assegurado
- Possuir rastreabilidade de medição comprovada;
- A incerteza da calibração não pode ultrapassar a um terço da incerteza esperada para o instrumento de medição a calibrar,
- A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente;
- A substância deve possuir elevado peso molecular;
- A substância deve ser sólida.
Sendo assim antes de tomar qualquer decisão antes de exigir a compra de um padrão o laboratório, não deixe de verificar as propriedades do produto desejado bem como as propriedades e análises oferecidas por cada fornecedor (fabricante), abaixo segue as principais marcas de padrões de referência oferecidas no mundo:
- Padrões de Referência USP;
- Padrões de Referência da Farmacopeia Brasileira (FB);
- Padrões de Referência da Farmacopeia Britânica (BP);
- Padrões de Referência da Farmacopeia Europeia (EP) – Padrões EDQM;
- Padrões de Referência da Farmacopeia Japonesa (JP);
- Padrões TRC;
- Padrões Clearsynth;
- Padrões LGC;
- Padrões TLC;
- Padrões PGS;
- Padrões Chromadex.